O dia eu não me lembro, mas o mês era maio, e o ano 2006. Fazia frio aquela noite, mas nada que impedisse a fiel torcida de lotar o Pacaembu em São Paulo, o jogo: Corinthians X River Plate da Argentina pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América.
Você deve estar perguntando se eu estava no Pacaembu? Não, infelizmente, ou felizmente eu não estava no municipal da capital paulista neste dia. Ao menos conheço o local, a não ser por uma passagem rápida pela Praça Charles Muller, onde pude ver da janela do táxi esse belo estádio. Mas voltando ao assunto e a Dourados, onde o frio parecia o mesmo do visto em São Paulo na hora da partida.
O local escolhido para assistir o jogo foi um bar simples, no início da Av. Weimar Gonçalves Torres, próximo ao centro. Dentre dezenas de torcedores portando agasalhos, camisetas, bandeiras e outros adereços da torcida corinthiana eu estava lá.
Cheguei ao local por volta das 19 horas, bem cedo é verdade, a tempo de achar um bom lugar para assistir o jogo e tomar uma cervejinha antes da bola começar a rolar.
As 20:30 o arbitro apitou o início, os torcedores no bar estavam em estado de apreensão, afinal, uma vitória simples do Corinthians levaria o time de Parque São Jorge às quartas de final daquele campeonato que todos os alvinegros sonham em comemorar.
Logo no começo do jogo, Nilmar abriu o placar para o time de São Paulo, festa total, rodadas e mais rodadas de cerveja e petiscos, o dono do bar vendia como não vendera em um mês. A torcida toda fez a festa, gritos de guerra e de apoio pareciam contagiar o time de dentro do bar para dentro do aparelho de tv.
Estava parecendo que a noite prometera uma grande vitória sobre aquela equipe que havia eliminado o Corinthians à exatamente três anos, e assim foi durante os 45 minutos iniciais, parecia ataque contra defesa, mas o jogo terminou um a zero.
Durante o intervalo, alguns mais alterados já projetavam o time em uma final contra São Paulo ou Inter (os dois finalistas daquele ano): “- Pode vir bambi gaúcho ou tricolor!”, gritavam alguns, outros, mais contidos diziam: “- Precisamos de pelo menos mais um gol”.
Então começa o segundo tempo e com ele o sofrimento, aos seis minutos, Coelho fez, mas contra o Corinthians, o que era festa se transformou em tensão, e dez minutos mais tarde, o time argentino virara o jogo, da mesma maneira que virou há três anos atrás, no mesmo Pacaembu.
Muitos quietos, em silêncio, olhando o relógio. Outros apelavam: “-Tevez, seu filha da puta, faça alguma coisa!”. o jogo que estava fácil, se tornou difícil, o time que estaria na final, estava prestes a ser eliminado mais uma vez na Libertadores, mais uma vez pelo River Plate (ainda bem que não foi para o Palmeiras de novo).
Só uma virada histórica levaria a decisão para os pênaltis, mas ela não veio. Pior, a equipe da Argentina fez mais um. O clima de festa que se formara no bar e contagiava o time no primeiro tempo, estava pesado e passou a contagiar a massa no estádio, que inconformada com a maneira em que a equipe estará perdendo, começou a destruir o campo de jogo.
Uma verdadeira batalha campal se formou no Pacaembu, dezenas de feridos, entre policiais e torcedores, uma cena lamentável, mas isso todos já sabem e se passou.
Em Dourados, no momento em que a Fiel quebrava o Pacaembu, o mesmo sentimento se formou para dentro do bar, sem violência, mas com revolta. Tapas na mesa, palavrões e alguns copos quebrando. O dono do bar, que a uma hora contava o lucro da venda de seus produtos, fechou o freezer e parou de vender. Copos e garrafas foram recolhidos das mesas, sobrando apenas a frustração ao torcedor corinthiano.
Todo aquele clima de euforia tinha ficado para trás, as bandeiras que eram sinônimo de alegria antes da partida, foram rapidamente escondida dentro do carro, e a volta para casa que era para ser em ritmo de samba, acabou sendo em ritmo de tango.
E assim caminha o sonho de se conquistar uma Libertadores.
Você deve estar perguntando se eu estava no Pacaembu? Não, infelizmente, ou felizmente eu não estava no municipal da capital paulista neste dia. Ao menos conheço o local, a não ser por uma passagem rápida pela Praça Charles Muller, onde pude ver da janela do táxi esse belo estádio. Mas voltando ao assunto e a Dourados, onde o frio parecia o mesmo do visto em São Paulo na hora da partida.
O local escolhido para assistir o jogo foi um bar simples, no início da Av. Weimar Gonçalves Torres, próximo ao centro. Dentre dezenas de torcedores portando agasalhos, camisetas, bandeiras e outros adereços da torcida corinthiana eu estava lá.
Cheguei ao local por volta das 19 horas, bem cedo é verdade, a tempo de achar um bom lugar para assistir o jogo e tomar uma cervejinha antes da bola começar a rolar.
As 20:30 o arbitro apitou o início, os torcedores no bar estavam em estado de apreensão, afinal, uma vitória simples do Corinthians levaria o time de Parque São Jorge às quartas de final daquele campeonato que todos os alvinegros sonham em comemorar.
Logo no começo do jogo, Nilmar abriu o placar para o time de São Paulo, festa total, rodadas e mais rodadas de cerveja e petiscos, o dono do bar vendia como não vendera em um mês. A torcida toda fez a festa, gritos de guerra e de apoio pareciam contagiar o time de dentro do bar para dentro do aparelho de tv.
Estava parecendo que a noite prometera uma grande vitória sobre aquela equipe que havia eliminado o Corinthians à exatamente três anos, e assim foi durante os 45 minutos iniciais, parecia ataque contra defesa, mas o jogo terminou um a zero.
Durante o intervalo, alguns mais alterados já projetavam o time em uma final contra São Paulo ou Inter (os dois finalistas daquele ano): “- Pode vir bambi gaúcho ou tricolor!”, gritavam alguns, outros, mais contidos diziam: “- Precisamos de pelo menos mais um gol”.
Então começa o segundo tempo e com ele o sofrimento, aos seis minutos, Coelho fez, mas contra o Corinthians, o que era festa se transformou em tensão, e dez minutos mais tarde, o time argentino virara o jogo, da mesma maneira que virou há três anos atrás, no mesmo Pacaembu.
Muitos quietos, em silêncio, olhando o relógio. Outros apelavam: “-Tevez, seu filha da puta, faça alguma coisa!”. o jogo que estava fácil, se tornou difícil, o time que estaria na final, estava prestes a ser eliminado mais uma vez na Libertadores, mais uma vez pelo River Plate (ainda bem que não foi para o Palmeiras de novo).
Só uma virada histórica levaria a decisão para os pênaltis, mas ela não veio. Pior, a equipe da Argentina fez mais um. O clima de festa que se formara no bar e contagiava o time no primeiro tempo, estava pesado e passou a contagiar a massa no estádio, que inconformada com a maneira em que a equipe estará perdendo, começou a destruir o campo de jogo.
Uma verdadeira batalha campal se formou no Pacaembu, dezenas de feridos, entre policiais e torcedores, uma cena lamentável, mas isso todos já sabem e se passou.
Em Dourados, no momento em que a Fiel quebrava o Pacaembu, o mesmo sentimento se formou para dentro do bar, sem violência, mas com revolta. Tapas na mesa, palavrões e alguns copos quebrando. O dono do bar, que a uma hora contava o lucro da venda de seus produtos, fechou o freezer e parou de vender. Copos e garrafas foram recolhidos das mesas, sobrando apenas a frustração ao torcedor corinthiano.
Todo aquele clima de euforia tinha ficado para trás, as bandeiras que eram sinônimo de alegria antes da partida, foram rapidamente escondida dentro do carro, e a volta para casa que era para ser em ritmo de samba, acabou sendo em ritmo de tango.
E assim caminha o sonho de se conquistar uma Libertadores.
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