quarta-feira, 25 de julho de 2012

O ‘Voo da Alegria’ e o futebol no interior do Brasil


A CBF abriu os cofres e gastará R$ 1 milhão com cartolas de 11 federações de futebol do país.

O chamado ‘Voo da Alegria’ desembarcou no início da semana em Londres para acompanhar a Seleção Brasileira de futebol durante os Jogos Olímpicos.

José Maria Marin abriu o bolso e chamou quem, segundo ele, ‘contribui para o futebol brasileiro’.

Entre elas o presidente da FFMS, Francisco Cezário.

Tudo pago pela instituição que comanda o futebol nacional.

Enquanto isso, o esporte mais popular do mundo vai de mal a pior no interior do Brasil.

Estádios sem condições, clubes sem estrutura e atletas que trabalham durante o dia e treinam a noite. 

Os times, cada vez mais dependentes do dinheiro público.

Exemplo do Grêmio Barueri, que virou Grêmio Prudente e voltou a ser Barueri. 

Andou por duas cidades paulistas atrás de recursos que poderia servir para investimentos na saúde ou projetos sociais.

Sem contar os clubes sul-mato-grossenses. 

Esses, sem condições nenhuma de disputar competições sem o apoio do município.

Um ciclo.

O poder público ajuda os pequenos, sem pensar na ideia de financiarem também as federações estaduais e a própria CBF, já que parte da renda é retida dos mandantes por elas.  

Eles negociam com TV e patrocinadores, mas para esses clubes, muito pouco – ou nada, como no Mato Grosso do Sul – é repassado.

Mas, em Londres, os cartolas comem caviar e lagosta, bebem champanhe e desfrutam de hotel cinco estrelas. Tudo pago pela CBF.

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