terça-feira, 18 de maio de 2010

Regulamento mostra a cara do futebol de MS

O campeonato Sul-Matogrossense de futebol vai chegando ao seu final e mais uma vez devemos tirar o chapéu para os responsáveis pelo regulamento da competição, juntamente com os dirigentes de clubes que assinaram a ata da reunião que definiu como seria realizada a disputa.

Aliada a falta de credibilidade que cerca a “principal” e única disputa profissional do futebol em nosso Estado, os critérios para as fases de quartas-de-final e semifinal atropelam toda a lógica existente entre as competições que são realizadas pelo Brasil.

O que acontece é o seguinte, entre os oito e posteriormente os quatro classificados para a fase mata-mata do estadual, o saldo de gols não vale nada. Por exemplo, no último domingo (16), a equipe do Naviraiense goleou o Rio Verde por quatro gols a zero. O correto, seria a equipe derrotada, vencer por cinco gols para conquistar a vaga.

Mas para a FfMS ( o “f” minúsculo é de propósito) não. Basta o time de Rio Verde vencer por um gol que a decisão será nos penaltis.

Está no regulamento, artigos 6º e 7º com a seguinte descrição no “Parágrafo único”: Em caso de empate em número de pontos ganhos, entre as duas equipes de cada grupo, após a segunda partida, será feita a cobrança de penalidades máxima de acordo com a International Board.

Então, tirando a vantagem do empate, a vitória maiúscula conquistada pela equipe da casa na primeira partida não tem valor nenhum?

A confusão pegou até a apresentadora do Globo Esporte estadual Camila Dib, que anunciou que o Rio Verde teria que golear o time de Naviraí para conquistar a vaga para a final.

Outro fato interessante é de que Naviraiense e Comercial fizeram melhores campanhas de que seus adversários na primeira fase e jogarão a segunda partida fora de casa. Por quê?

Isso é a prova mais uma vez de que o Mato Grosso do Sul está há anos atrás de outros Estados em relação ao futebol profissional. Uma competição confusa, que trás despesas e não tem visibilidade nenhuma na mídia nacional, há não ser em cenas bizarras.

Estádios sem condições, vestiários ruins, jogadores que trabalham durante o dia porque alguns clubes não conseguem honrar os compromissos e o pior de tudo, muitas vezes dinheiro público é investido para que as equipes possam disputar os jogos.

A cada ano as pessoas que comandam o futebol do nosso Estado se superam. Esperamos a próxima temporada para mais uma “canelada” da FfMS.

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