segunda-feira, 31 de maio de 2010

A bola da Copa e o patrocinador do Brasil


Nos últimos dias alguns jogadores brasileiros reclamaram muito da bola que será usada na Copa do Mundo da África do Sul que inicia no próximo dia 11 de junho. Criada pela empresa patrocinadora do mundial, a Jabulani, nome dado a bola, não agradou.

Primeiro, foi o goleiro Julio César, que a comparou com bolas compradas em supermercado, devido o peso. Logo depois Luís Fabiano disse, que a “pelota” variava demais ao ser chutada. Agora é a vez de Felipe Mello, comparar a bola às “patricinhas”, por estar sempre “correndo” de alguém.

Mas será que ela é mesmo tão ruim assim? Sua medida e peso possuem tamanhos padrões aos exigidos pela FIFA, então por que os brasileiros reclamam tanto?

Simples, esses atletas são patrocinados pela mesma empresa que estampa no uniforme da seleção sua logo. Então qual seria o melhor jeito de se atacar a marca concorrente?

Kaká até agora não reclamou, ele é garoto propaganda da empresa que criou a bola. Tanto que no lançamento da mesma ele não cansou de elogiar a Jabulani. Junto a ele, Grafite também patrocinado pela mesma empresa, deu várias entrevistas e em nenhuma comentou sobre o assunto.

Mas afinal, quem está falando a verdade? Será estratégia de marketing do patrocinador da seleção instruir seus garotos propaganda a falarem mal de Jabulani? Alguém já ouviu reclamarem da bola usada no Campeonato Brasileiro?

Independente de quem esteja dizendo a verdade, até o fim do mundial, ela estará rolando pelos campos africanos e com certeza, todos estarão correndo para que ela procure sempre o caminho do gol.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pela 15º vez, capital e interior se enfrentam em uma final de estadual

O Campeonato Sul-Matogrossense de futebol definiu na tarde deste domingo os dois clubes que irão disputar as finais da competição, nos dias 30 de maio e seis de junho. Comercial e Naviraiense farão o duelo que decidirá o campeão de 2010.

A equipe de Campo Grande, empatou sem gols com o Itaporã, como havia conseguido a vitória na primeira partida, o resultado serviu para garantir a classificação.

Injusto seria se o Naviraiense perdesse a vaga. No primeiro confronto contra o SERC, a equipe do Sul do Estado, havia aplicado uma goleada de quatro a zero. Mas para o regulamento, o saldo de gols não importava e sim o número de pontos. O SERC então tratou de vencer o jogo por um gol e levar a decisão para os pênaltis. Desta vez o futebol não foi ingrato e deu a vitória para o
Naviraiense.

Além da disputa pelo título e das duas equipes terem vagas asseguradas para a Copa do Brasil de 2011, o que será medido mais uma vez é a força entre uma equipe da capital e outra do interior. Fato que não acontecia desde 2007 quando CENE e Águia Negra decidiram quem seria o melhor do Estado, com o time de Rio Brilhante levando a melhor.

Essa é a 32º edição do campeonato e a 15º disputa entre capital x interior. São dez vitórias para equipes de Campo Grande, contra quatro vitórias para equipes do interior.

O Comercial corre atrás do oitavo título estadual, que não acontece desde 2001. O Naviraiense corre atrás do bi-campeonato (foi campeão pela primeira vez ano passado).

A equipe de Naviraí foi a melhor na fase de grupos, o Comercial desbancou seus adversários fora de casa no mata-mata.

Tomara que o bairrismo e o apito estejam longe de manchar ainda mais uma competição desgastada e desacreditada como o nosso campeonato, vencendo o melhor nesses dois últimos jogos restantes. E que as cenas bárbaras apresentadas no ano passado, quando Naviraiense e Ivinhemense disputaram uma final de “boxe” ao invés de futebol, não aconteçam durante essas duas partidas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Regulamento mostra a cara do futebol de MS

O campeonato Sul-Matogrossense de futebol vai chegando ao seu final e mais uma vez devemos tirar o chapéu para os responsáveis pelo regulamento da competição, juntamente com os dirigentes de clubes que assinaram a ata da reunião que definiu como seria realizada a disputa.

Aliada a falta de credibilidade que cerca a “principal” e única disputa profissional do futebol em nosso Estado, os critérios para as fases de quartas-de-final e semifinal atropelam toda a lógica existente entre as competições que são realizadas pelo Brasil.

O que acontece é o seguinte, entre os oito e posteriormente os quatro classificados para a fase mata-mata do estadual, o saldo de gols não vale nada. Por exemplo, no último domingo (16), a equipe do Naviraiense goleou o Rio Verde por quatro gols a zero. O correto, seria a equipe derrotada, vencer por cinco gols para conquistar a vaga.

Mas para a FfMS ( o “f” minúsculo é de propósito) não. Basta o time de Rio Verde vencer por um gol que a decisão será nos penaltis.

Está no regulamento, artigos 6º e 7º com a seguinte descrição no “Parágrafo único”: Em caso de empate em número de pontos ganhos, entre as duas equipes de cada grupo, após a segunda partida, será feita a cobrança de penalidades máxima de acordo com a International Board.

Então, tirando a vantagem do empate, a vitória maiúscula conquistada pela equipe da casa na primeira partida não tem valor nenhum?

A confusão pegou até a apresentadora do Globo Esporte estadual Camila Dib, que anunciou que o Rio Verde teria que golear o time de Naviraí para conquistar a vaga para a final.

Outro fato interessante é de que Naviraiense e Comercial fizeram melhores campanhas de que seus adversários na primeira fase e jogarão a segunda partida fora de casa. Por quê?

Isso é a prova mais uma vez de que o Mato Grosso do Sul está há anos atrás de outros Estados em relação ao futebol profissional. Uma competição confusa, que trás despesas e não tem visibilidade nenhuma na mídia nacional, há não ser em cenas bizarras.

Estádios sem condições, vestiários ruins, jogadores que trabalham durante o dia porque alguns clubes não conseguem honrar os compromissos e o pior de tudo, muitas vezes dinheiro público é investido para que as equipes possam disputar os jogos.

A cada ano as pessoas que comandam o futebol do nosso Estado se superam. Esperamos a próxima temporada para mais uma “canelada” da FfMS.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dunga leva quem sempre esteve ao seu lado no maior desafio de sua carreira

Foram quatro anos e alguns títulos, entre eles, duas Copa América, uma Copa das Confederações, primeiro lugar na fase eliminatória para a Copa do Mundo e apenas uma frustração: a eliminação para a Argentina nas semi-finais dos Jogos Olimpicos de Pequim, na China.

Durante esse período, Dunga conseguiu montar uma seleção brasileira comprometida e com vontade de vestir a camisa verde e amarela. Deixou de lado medalhões, acostumados a acumular conquistas pessoais e passou a dar valor no lado "operário" dos atletas. O que devemos admitir, conquistou com êxito.

Muitos não concordam com a convocação de Dunga. Grande parte clama por Neymar e Paulo Henrique Ganso na seleção. Outros queriam Ronaldinho Gaúcho de volta. Sem falar em Roberto Carlos, Ronaldo, Hernanes, Lucas, Diego Tardelli e mais uma lista interminável de nomes que só o Brasil pode oferecer a um técnico.

Mas, por que Dunga convocaria esses jogadores? Alguns deles não foram riscados da lista de muitos especialistas e torcedores após a última copa? O que dizer para quem pede por Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos?

Futebol é momento, e no momento Neymar e PHG estão arrebentando! Sim, mas em um clube de futebol e não possuem a experiência necessária para jogar uma Copa do Mundo.

Mas Ronaldo e Pelé foram para uma copa com 17 anos! Sim, mas como o "Rei" disse, já havia participado de outras convocações e Ronaldo não jogou na Copa de 94.

O raciocínio de Dunga é o mesmo de um chefe, que acreditou em seus funcionários durante quatro anos e que confia neles no maior desafio de sua curta carreira como treinador. Não trocaria nunca o certo (na cabeça dele), pela dúvida.

Ele montou um time como muitos sonham em montar. Não na parte técnica ou tática, mas passando aos atletas o que ele sempre sentiu ao defender a seleção.

O time brasieliro hoje, tem corpo, espírito vencedor e o mais importante, tem a cabeça no lugar. Dunga sempre deixou bem claro, nas entrelinhas, que os convocados seriam mesmo aqueles que o acompanhou durante os quatro anos.

Então porque a surpresa ou a ira de muitos diante dos jogadores chamados por ele?

A seleção que Dunga convocou pode não ganhar a Copa do Mundo, mas devolverá ao povo brasileiro o orgulho e o comprometimento que tanto se espera e que esteve ausente na última competição.