quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Por que jogador de futebol não é preso?

O título desse texto remete a uma questão que vem de encontro com os acontecimentos dessa quarta-feira, entre as partidas realizadas no Maracanã, entre Fluminense e Cerro Portenho do Paraguai e no estádio Olímpico, onde jogaram Grêmio e Palmeiras.

Sem querer entrar na discussão óbvia e previsível de que ‘violência gera violência’, ou então cair no já saturado jargão do futebol, dito por grande parte dos cronistas esportivos de que ‘pede-se paz nas arquibancadas, mas os jogadores não dão exemplo dentro do campo’, os fatos ocorridos na noite de quarta são casos de polícia.

Não me lembro de aqui no Brasil ter visto atletas serem detidos após se envolverem em confusão dentro do campo, transformando o futebol em um ringue, uma briga generalizada.

Existiram casos isolados, como na época em que o argentino Desábatos foi levado a prestar depoimentos em uma delegacia da capital paulista após xingar de macaco um jogador do São Paulo, cujo o próprio apelido já é racista. E o do botafoguense André Luis, que foi detido após desacatar uma policial no Recife, ano passado.

Agora após uma pancadaria não me lembro de nenhum. E olha que foram vários os casos. Quem não se lembra da briga entre corinthianos e palmeirenses na decisão do campeonato paulista de 1999? Ou do murro que Romário deu em seu companheiro de time Andrei, no Torneio Rio-SP de 2002? Ou ainda o quebra-quebra entre são paulinos e palmeirenses no paulistão de 1993? Exemplos não faltam.

A briga se desenvolve, jogadores se agridem e o máximo que acontece é uma suspensão imposta pelo STJD, analisadas por vídeos e súmula do árbitro.

Como uma briga de rua, onde gangues se enfrentam e dezenas de pessoas são levadas a prestarem esclarecimento nas delegacias, o mesmo deveria acontecer com os jogadores que se agridem em campo.

Não entendo nada de lei e posso estar dizendo bobagem, mas a justiça deveria ser branda e puni-los com serviços comunitários, pagamento de cestas básica ou ações sociais, em caso de serem réus primários.

Seus nomes devem ser fichados na delegacia como de qualquer pessoa que cometa um delito, e se envergonharem de seus colegas de trabalho, família e amigos.

A bola fica para as autoridades pensarem e agirem, para que casos como os vistos ontem não se repitam e que os seres humanos possam se respeitarem entre si.

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