Faltando menos de
quatro anos para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o vereador
Idenor Machado (DEM) teve uma ideia brilhante.
Em seu gabinete na
Câmara Municipal, o presidente da mesma propôs para a Funed (Fundação de Esportes
de Dourados) e a Secretaria de Educação do município, o desafio de elaborar um
projeto para incentivar a participação e o treinamento de jovens atletas e
paratletas locais para este ciclo olímpico.
A intenção dele é
‘garimpar’ talentos para os próximos Jogos.
Talvez, o democrata
tenha como base o modelo apresentado pelo cubano Fidel Castro, que transformou
seu país em uma potência olímpica na década de 1990, começando a preparação
pelas instituições de ensino.
Porém, a ideia do
douradense é utópica e não passa de oportunismo barato, sem fundamento.
Primeiro, porque as instituições
municipais não apresentam material humano nem estrutura suficiente para os
treinamentos necessários, precisariam de recursos públicos, com altas cifras.
Ou existem piscinas olímpicas,
centros de treinamentos de atletismo, ginástica, ciclismo ou de qualquer outra
modalidade em nossa cidade?
Segundo, para que isso
pudesse acontecer – a exemplo de Cuba -, seria necessário um tempo maior, de no
mínimo oito, dez anos de preparação.
Mas, o nobre vereador,
há mais de dois anos na Câmara – assumiu como suplente após os escândalos da
Uragano -, resolveu propor, porque ele não fez, às duas pastas, um projeto como
este apenas agora.
Quanto tempo levaríamos
para aprontar essa estrutura?
E para finalizar, uma
política pública de incentivo ao esporte modelo, inexistente em todo o país.
Não as vistas
atualmente, onde o repasse financeiro feito por empresas estatais e privadas
são destinados primeiro às federações esportivas que vivem no ‘encosto’ do
Comitê Olímpico Brasileiro e depois para os atletas, sem que haja fiscalização.
As justificativas do
vereador – em texto distribuído aos veículos de comunicação – são ‘o ‘espírito
olímpico’ vivido pelas crianças que paira em todo o Brasil’ e o celeiro
esportivo existente em Dourados, citando o nome de vários competidores.
Só faltou lembrar que grande
parte desses atletas não triunfaram no município, pois sempre faltou uma
política maior de incentivo e, precisaram procurar outros centros, com estrutura
e capacitação.
Em relação ao ‘espírito
olímpico’, porque não se preocupar com a educação e o bem estar dos alunos
primeiro?
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