quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mais uma na conta da FFMS

Era para ser um simples campeonato de base.

21 clubes divididos em cinco grupos disputando o título estadual Sub-14.

Mas a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) errou, e errou feio.

No primeiro arbitral, 24 times confirmaram presença e 11 deles se classificariam juntando se ao Corumbaense, atual campeão da categoria no ano passado.

A competição teria segunda e terceira fases para que o vencedor fosse conhecido.
Porém, uma nova reunião mudou tudo.

Com a desistência de três participantes, apenas os primeiros colocados de cada chave – formaram cinco – passariam direto para a fase final, agendada para o estádio Arthur Marinho, em Corumbá.

A mudança, segundo o vice-presidente da entidade que comanda o futebol sul-mato-grossense, Marco Antônio Tavares, foi pedida pelos clubes por motivos financeiros.

Acertado, a competição começou no final de semana passado e definiu os classificados.

Neste momento a confusão.

O regulamento antigo não foi modificado e após eliminações dirigentes começaram a questionar a FFMS.

A saída encontrada para o ‘esquecimento’ foi convocar todos os times desclassificados e que se enquadravam no acerto anterior para a disputa da segunda fase, pegando os dois clubes locais – Sete e Ubiratan – de surpresa.

‘É a primeira vez que vejo isso’, afirmou Joaquim Soares, presidente do Leão da Fronteira.

‘Pensamos que apenas um se classificaria’, comentou Lauter Welvel, o ‘Gauchino’, técnico do Tricolor douradense.

A segunda fase começa no dia 23 de novembro caso não haja novas alterações.

E as equipes de Dourados estão divididas.

Enquanto o Sete – que entrou pelo índice técnico – viaja à Corumbá para enfrentar os donos da casa e o Seduc, de Anastácio, o Ubiratan continua no Douradão e recebe Naviraiense e Novoperário, da capital.

As finais estão agendadas para os dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro em Corumbá ou Campo Grande.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Oportunismo local


Faltando menos de quatro anos para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o vereador Idenor Machado (DEM) teve uma ideia brilhante.

Em seu gabinete na Câmara Municipal, o presidente da mesma propôs para a Funed (Fundação de Esportes de Dourados) e a Secretaria de Educação do município, o desafio de elaborar um projeto para incentivar a participação e o treinamento de jovens atletas e paratletas locais para este ciclo olímpico.

A intenção dele é ‘garimpar’ talentos para os próximos Jogos.

Talvez, o democrata tenha como base o modelo apresentado pelo cubano Fidel Castro, que transformou seu país em uma potência olímpica na década de 1990, começando a preparação pelas instituições de ensino.

Porém, a ideia do douradense é utópica e não passa de oportunismo barato, sem fundamento.

Primeiro, porque as instituições municipais não apresentam material humano nem estrutura suficiente para os treinamentos necessários, precisariam de recursos públicos, com altas cifras.

Ou existem piscinas olímpicas, centros de treinamentos de atletismo, ginástica, ciclismo ou de qualquer outra modalidade em nossa cidade?

Segundo, para que isso pudesse acontecer – a exemplo de Cuba -, seria necessário um tempo maior, de no mínimo oito, dez anos de preparação.

Mas, o nobre vereador, há mais de dois anos na Câmara – assumiu como suplente após os escândalos da Uragano -, resolveu propor, porque ele não fez, às duas pastas, um projeto como este apenas agora.

Quanto tempo levaríamos para aprontar essa estrutura?

E para finalizar, uma política pública de incentivo ao esporte modelo, inexistente em todo o país.

Não as vistas atualmente, onde o repasse financeiro feito por empresas estatais e privadas são destinados primeiro às federações esportivas que vivem no ‘encosto’ do Comitê Olímpico Brasileiro e depois para os atletas, sem que haja fiscalização.

As justificativas do vereador – em texto distribuído aos veículos de comunicação – são ‘o ‘espírito olímpico’ vivido pelas crianças que paira em todo o Brasil’ e o celeiro esportivo existente em Dourados, citando o nome de vários competidores.

Só faltou lembrar que grande parte desses atletas não triunfaram no município, pois sempre faltou uma política maior de incentivo e, precisaram procurar outros centros, com estrutura e capacitação.

Em relação ao ‘espírito olímpico’, porque não se preocupar com a educação e o bem estar dos alunos primeiro?